De Uma Janela De S. Lázaro
( lembrando Cesário Verde )Lisboa chovida,bebidas as tuas calçadas,deslizas nos trilhos dos teus eléctricos,sorvendo salgada humidadepelas narinas, mouras.Lisboa deitada- decúbito lateral de preguiça -apoias nos braços a facee aos olhos te oferecesas ancas e as costas, nuas.Lisboa marga de sabores,de encostas dobradas,fadadas de morrer chorandoalegrias e tristezas.