9 de abril de 2007

A Tua Idade


tens o olhar lento e silente
com que nos fitas, de sageza
sabes que o mundo não inverte
os ciclos da natureza

apenas resistes ao tempo
e guardas a memória
as vozes mudas dos anos passados
e sabes esperar
que te venham pedir os tesouros
do futuro

parado no teu banco nos fitas
e de cima dos teus séculos
esfíngicamente respondes
"muito pouco seria
se eu inda agora
não achasse muito..."