9 de abril de 2007

Poema Devido


devido aos olhos ardentes
devido ao peso das pálpebras
devido aos declives

descendo penumbras
descendo às sombras
após o encantamento
crepuscular

deslizando colinas
relaxando músculos
tensões acumuladas

lembrando cantigas adormecidas
lembrando formigas fora do carreiro
esquecidas de seguir contrárias

de vidas furtivas fugas sentidas
dormentes raivas rangidas
entre dentes dormidas,
doridas