9 de abril de 2007

já não posso


ser contente já não posso
se traído me quedo triste
como perdido e sem norte;
resta-me o ser forte
que na amargura se ancora

ser contente já não posso
antes bravio e amargo
por revolta da traição:
de trazer nos braços a entrega
e receber migalhas de pão

ser amigo já me doi
antes distante dos enganos;
antes resistente neste mundo
que diferente do que sou,
ser contente já não posso