11 de abril de 2007

De Sangue E Carne


de sangue e carne
são feitos os meus versos;

não julgues que de ofício
fingidor os imagino;

sofrimento, sem artifício,
lágrimas perdidas,
em silêncio
explodido

e se venho aqui chorar,
é porque nenhum ombro ali fora me aguarda...

por isso, meu amigo, deixa-me sair,
correr ao meu amado deserto e gritar