10 de abril de 2007

Exortação À Coragem


que as lentas forças
macias, crescidas
nos caulinos argilosos

em doces branduras,
à sombra de brisas calmas

de tanta calma
tanta maresia aspirada
à beira de falésias

de tanta hesitação
tanta espera inacabada,
que seja agora a hora
em que venha o trovão
e que ele fale

que tudo rebente
e não se cale, que tudo se lave
com o que tanto chova
e que com o imenso vento
ninguém se atreva,
ninguém se mova!

Que acabe a treva, que acabe a treva!