9 de abril de 2007

hoje sei o quanto pode


hoje sei o quanto pode
a fala dorida
arrancada da vacilação;
uma voz aberta para fora,
a mágoa de um violino
mergulhado de amor em ti.

hoje sei como foi fundo
a minha força
esta verdade agreste de ser menino,
como te vibraram as palavras
difíceis de passar o nó na garganta,
como te laborei em meu agir
com as cordas do desespero paciente
tocando-te a face
todos os dias;

hoje sei como é forte
esta força levantada
no cerrar decidido dos punhos.

hoje sei quanto mudámos
neste empenho de ser certo
quantas cordas em ti vibrei
nos meus dedos,
como em quantas vozes
fiz presente o teu canto.