9 de abril de 2007

reviramos aos poucos


reviramos aos poucos
estas cascas secas
para que a vida dos sedentos
alcance os plenos gritos
e as crinas ao vento revirem
de novo as cascas velhas.

neste espírito,
assim vamos matando o velho,
fazendo nascer dele vitorioso o fogo.

reunir cada fio
ligar as esperanças
a vontade destas forças
de cada um as alavancas por todos.

esta rede a estender-nos
semeando os novos sopros de aurora
este sol da nova brisa.

assim dirigimos estes peitos
as frontes dos ramos verdes
da nossa luta vermelha.