6 de outubro de 2007

divino sopro


Cerrei meus estomas
e andei pelas batalhas
de carapaça armada.

O divino sopro em vão passou
por mim esbarrou,
não o acolhi no meu seio endurecido.

Oh - coração empedernido!
Oh - cerradas bocas de meu corpo!
Abri-vos para a seiva dos heróis!

Bebei a seiva de Ulisses,
o sangue dos gigantes nórdicos;
respirai a humidade dos pântanos celtas!

Vinde frio - de que não posso fugir, vinde!

Das batalhas de antanho,
dos ancestrais avós prodigiosos,
herdadas e continuadas, por vencer!

Vinde Divino Sopro,
que tenho agora abertos os estomas!

Não mais batalhas sem Paixão!
Dentro da armadura, o Coração!